Tudo começou numa chuvosa tarde há dezesseis anos e uns dias. Após 1 ano e dois meses de gestação (demorei um pouco pra sair da barriga da minha mãe pois lá era deveras fresquinho, graças às flatulências de minha mãe, que pode ser considerado um ar condicionado natural da mais fina classe), o dia do meu parto finalmente havia chegado.
Minha mãe fora no mercado, e essa informação não tem importância nenhuma para o andamento da história, mas razões que agora me fogem à lembrança me fizeram escrevê-la aqui. Acontece que, em frente ao mercado, havia uma barraca vendendo podrão. Minha mãe achou que seria interessante comer um podrão para mostrar a seu filho que estava prestes a nascer como o mundo é cruel, injusto e muito, muito sujo.
Ao ficar exposto a tal alimento, meu corpo começou a se revoltar contra o universo e tudo nele contido, e decidiu que não mais iria fazer parte dele. Foi assim que, de um jeito até então inexplicável para os cientistas, meu intestino grosso sumiu.
Hoje, dezesseis anos depois, eu sou assim. Tenho minha janta pontualmente às 17:00 e o alimento passa por todo o meu sistema digestório, mas na parte em que ele se torna estrume e percebe a falta de um intestino, ele sobe para meu cérebro e é excretado por meio de idéias. Sim, idéias.
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