Eu gosto de dividir as pessoas em três segmentos – as que pensam, as que fingem que pensam (o que já demonstra que elas tem noção de que o certo é pensar, o que faz com que elas sejam quase seres pensantes) e as que simplesmente não conseguem transmitir nenhum impulso elétrico por aquela rede de neurônios que desembocam no cérebro.
Esses seres não-pensantes formam aquela massa de acéfalos semianalfabetos que agem por impulsos inconscientes, quase como se fossem porcos bípedes, e o mais admirável que podemos esperar deles é que sobrevivam por alguns anos sem esquecer de respirar ou engasgar com a própria saliva.
É senso comum olhar feio para tudo o que essa massa não-pensante gosta. Pense aí em todas as coisas que é senso comum odiar: One Direction, Justin Bieber, Globo, Nicholas Sparks, Restart, Funk. Essa lista de coisas odiáveis poderia continuar ad eternum. Isso se dá pelo fato de que a quantidade de pessoas não-pensantes supera vexaminosamente a quantidade de pessoas pensantes no mundo. Costumamos achar que pensar é uma característica inerente ao ser humano, quando, na verdade, é uma qualidade que apenas uma porcentagem ínfima da população mundial detém.
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