(Não é um texto de religião, amigo. Calma.)
(((INAUGURANDO a sessão Filosofia Barata, que outrora era minha coluninha no site NSN:Br, mas que agora postarei aqui também. São textos mais sérios e reflexivos sobre coisas que a gente pensa quando percebe o quão idiota é tudo o que a gente pensa no resto do tempo.)))
Começo o texto fazendo essa pergunta não só aos religiosos – pessoas que seguem qualquer religião -, mas aos ateus também. A tua estranheza sobre essa pergunta é justamente o assunto desse texto.
Eu sou adepto de uma teoria (que formulei depois de ler alguns textos de Nietzsche e de Freud) ((aliás, caralho, quão prepotente é um cara que lê trechinhos de Nietzsche por hobby querer formular uma teoria sobre a humanidade?)) que é basicamente assim: o ser humano é oco. Independente de nossa religião, precisamos creditar nossas alegrias, nossas esperanças, nossas expectativas, em alguma coisa. Somos impotentes para simplesmente acreditarmos em nós mesmos como perfeitos, então criamos imagens de perfeições que nos encham por dentro.
Religiosos adotam a imagem de Deus como perfeita. E os que se dizem agnósticos e ateus? Todos criam, inclusive eles – é uma característica intrínseca do ser humano.
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