Bisexualidade é o futuro da sociedade.

Cambada, cês sabem que eu tinha um outro blog chamado Let There Bilau onde eu escrevia sobre coisas mais sérias, que eu duvido que o QI dos leitores do NC fosse grande o suficiente pra dar alguma atenção ao assunto. Nós tinhamos o fechado e estávamos planejando reabri-lo segunda feira, mas o Raphael, por ser uma bicha enrustida, um viadinho homosexual gay escroto maldito nojento desistiu da idéia.

Então vou me utilizar da categoria “Falando Sério…” que eu tinha aqui no blog mofando à séculos. Sério, eu nunca usei aquela categoria, acho. Os posts que geralmente eu postaria no Bilau, virão para essa categoria. Assim, os leitores do Bilau não ficarão desamparados. Portanto, simbora:

Quando eu era pivete – o que não é lá uma eternidade, mas já faz um bom tempo -, o único xingamento que eu sabia era chamar as pessoas de gay. Meu irmão sempre me chamou de gay, eu sempre chamei meus amigos, eles chamavam os irmãos deles, e o ciclo permanecia infinito e intocável.

Até que um maldito paulista – não sei se já mencionei aqui, sou um carioca que morou uns dois anos em Jundiaí, no interior do interior do interior de São Paulo – muito retardado chamado Matheus dedurou pra mãe dele que eu o chamei de gay. A mãe do moleque, claramente escleurosada, fez um barraco envolvendo o prédio inteiro, que por sua vez era formado por três blocos de 14 andares, se não me engano.

Minha mãe se virou pra mim, com fumaça saindo das orelhas e disse “essa porra dessa mulher é doida, mas se eu te ver chamando mais alguém de gay, você tá ferrado na minha mão”.

Como toda boa criança retardada, no dia seguinte, eu fui lá e chamei o Matheus de GAYZÃO. Não deu cinco minutos e moleque já tava berrando a mãe dele – legal frizar que na época eu tinha 8 anos e o moleque já beirava os 10.

Minha mãe me deixou de castigo durante uns dois meses. Desde então eu não aprendi absolutamente nada. Continuo xingando os moleques, principalmente esses mijões que chamam a mãe deles. A única diferença é que agora mando “viado” mesmo.

Uma coisa que permaneceu em minha mente desde aquela época até hoje, é que eu não tenho o menor preconceito contra gays. Eu xingo as pessoas disso do mesmo jeito que eu xingo meus amigos de preto safado. Não é pra ofendê-los, é simplesmente por ser uma coisa engraçada de dizer. Tão engraçada que eles próprios riem e repetem.

Só que tem gente que ainda não se tocou disso, e continua falando essas coisas com o mesmo preconceito que nossos avós tinham nos anos 40. A humanidade evoluiu muito desde aquela época, os negros e os deficientes são mais bem aceitos, mas a ignorância ainda se faz presente em muitas pessoas.

O Senado lançou uma enquete que perguntava se a Homofobia – xingar, maltratar, ou fazer qualquer coisa feia contra os purpurinados – deveria se tornar crime. Ahm…Bem…

O brasileiro mostrou mais uma vez que é completamente idiota e que se o país tá essa merda, é por que os cidadãos não são lá muito melhores do que isso.

Minha opinião é de que essa lei devia ter sido aprovada. Se o ser humano não ter discernimento para deixar o preconceito de lado por bem, que seja por mal. Claro que ainda teriam alguns otários que continuariam os xingando, tal como ainda há gente que xinga os negros, apesar disso ser crime. Mas, num geral, as pessoas ficariam com um certo receio de ir pro xilindró ser estuprado com estaca de ferro.

Eu passei boa parte da minha vida acreditando fielmente que esse preconceito havia sido superado, mas tive minha prova de que não.

Claro que é nojento ver dois macho gordo e peludo se pegando, mas eles vivem a vida deles e eu a minha. Sair por aí xingando os caras é pura ignorância, e na minha opinião devia ser crime.

Espero que agora que chegou essa modinha de ser bisexual – sim, tem um pessoal que realmente acredita que pegar nego com a mesma quantidade de órgãos que eles é ser descolado. Essa MTV ta levando a juventude de mal a pior… – esse povo largue de ser retardado.

Mas cês que sabem aí.

O futuro da nação não sou eu, e sim a maioria. E quando o Senado deu uma brecha pra maioria, ela não soube aproveitar.

Creio com muita convicção que um dia não haverá essa divisão de heterosexual, bisexual, homosexual. Sério, me chupa. Cada um faz o que quer da própria vida e não cabe a ninguém julgá-lo, por mais engraçado que isso seja – e convenhamos, é engraçado pra cacete.

Ele não permitiria que uma calamidade dessas ocorresse.